Inovação e diversidade andam lado a lado. Inovar demanda diversidade de pensamentos e é algo que ainda precisa avançar no cooperativismo. Segundo dados do Sistema OCB sobre as mulheres no cooperativismo, elas representam apenas 25% do quadro de dirigentes de cooperativas no Brasil.
Então, para potencializar a pauta da inclusão e diversidade em toda sua estrutura, o Sicredi lançou o programa Comitê Mulher Sicredi em nível nacional.
Além da formação de grupos de discussão sobre estes temas, a iniciativa engloba um conjunto de ações que buscam promover a equidade de gênero, o empoderamento e a capacitação de mulheres no cooperativismo para que elas possam participar da gestão em todos os níveis da organização.
O lançamento nacional do programa coloca as questões de equidade de gênero no centro das discussões estratégicas da cooperativa. E também cria diretrizes para que as mais de 100 cooperativas integrantes do Sistema possam desenvolver a iniciativa localmente para terem mais mulheres no cooperativismo.
Como funciona o programa
O programa tem como causa o desenvolvimento pessoal e profissional, assim como o crescimento e fortalecimento das mulheres no cooperativismo, por meio de capacitações e encontros periódicos.
Os comitês podem ser formados em todas as cooperativas do Sicredi, sendo compostos por mulheres associadas à instituição, de forma voluntária.
“Um dos nossos objetivos é proporcionar espaços para que as mulheres sejam ainda mais atuantes em nossas cooperativas de crédito, participando ativamente dos comitês e do quadro social das entidades”, afirma Manfred Alfonso Dasenbrock, presidente da SicrediPar, da Central Sicredi PR/SP/RJ e conselheiro do Woccu (sigla em inglês para Conselho Mundial de Cooperativas de Crédito).
Cada Comitê Mulher tem como abrangência a área de atuação de sua cooperativa e possui um plano de ação claro e objetivo, que será acompanhado pelo Conselho de Administração da própria cooperativa. Esse plano tem por base os direcionadores de sustentabilidade do Sicredi: relacionamento e cooperativismo, desenvolvimento local e soluções responsáveis.
Ao longo do ano, as membras cumprem uma agenda de interações entre si, com encontros locais, regionais e nacionais para troca de experiências.
“Queremos ampliar a participação das mulheres no cooperativismo de crédito, buscando aumentar a presença delas em cargos de liderança. Iniciamos esse movimento no Sicredi em 2016, quando cada cooperativa criava suas iniciativas. Agora, com o programa Comitê Mulher institucionalizado, a nossa estratégia certamente será potencializada”, explica João Tavares, diretor presidente da Fundação Sicredi.
Integração global
Inclusão e diversidade são temas debatidos em empresas de diversos perfis no mundo todo e vêm tendo sua implementação impulsionada por meio da agenda 2030 do Pacto Global da ONU e seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
O programa Comitê Mulher Sicredi atende a três deles:
- “Educação de Qualidade” (ODS 4), que visa assegurar a educação inclusiva e equitativa de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos;
- “Igualdade de Gênero” (ODS 5), alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas;
- “Trabalho Decente e Crescimento Econômico” (ODS 8), promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, o emprego pleno e produtivo e o trabalho decente para todos.
A iniciativa também está alinhada à criação da Rede Global de Mulheres Líderes, criada em 2009 pelo WOCCU, para oferecer às mulheres oportunidade e recursos de desenvolvimento de carreira nas cooperativas de crédito em que trabalham.
“Com o programa Comitê Mulher Sicredi queremos dar as ferramentas para aumentar a equidade de gênero em todos os níveis de gestão das cooperativas, empoderando as mulheres para que possam liderar, empreender e promover o desenvolvimento sustentável do cooperativismo de crédito no Brasil e no mundo”, reforça Gisele Gomes, associada do Sicredi e embaixadora da Rede Global de Mulheres Líderes, iniciativa apoiada pelo Sicredi no Brasil.
Mais mulheres no cooperativismo = Inovação
Cada vez mais as cooperativas têm se preocupado com o tema inovação. Como falamos no começo, não tem como pensar em inovação sem colocar a diversidade em prática. Por isso, quanto mais mulheres no cooperativismo em níveis de gestão, melhor será o desempenho das iniciativas de inovação, devido à diversidade de pensamentos.
Segundo estudo da McKinsey, organizações que se preocupam com a diversidade são 21% mais lucrativas. Além disso, cria-se um ambiente respeitoso e diverso, com menos conflitos.
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