Veja 7 dicas para melhorar o relacionamento com colaboradores

Nós já falamos aqui na Coonecta das melhores cooperativas para se trabalhar no Brasil e todas têm algo em comum: o bom ambiente organizacional.

Manter um bom relacionamento com os colaboradores, em todos os níveis, é fundamental para o sucesso da cooperativa. No post sobre as 22 melhores cooperativas para se trabalhar, explicamos que o relacionamento era medido por um “Índice de Felicidade no Trabalho”. Os resultados mostram que, cada vez mais, é preciso pensar ações que valorizam os colaboradores.

Pensando nisso, selecionamos sete pontos-chave para melhorar o relacionamento com os colaboradores nas cooperativas.

O manual do Programa de Desenvolvimento da Gestão das Cooperativas (PDGC) foi a nossa principal fonte para desenvolver este artigo. Então, confira e depois pratique em sua cooperativa!

1- Definir bem as funções e responsabilidades

Muitas vezes, algumas pessoas não conseguem se doar 100% em algum trabalho por não se encaixarem naquela função. Diante desse problema, saber identificar as capacidades de cada colaborador e escolher a principal função dele dentro da cooperativa trará mais harmonia ao ambiente.

Para começar esse processo, o manual do PDGC aconselha os dirigentes – que têm papel fundamental nessa etapa – a definirem o número ideal de níveis de funções e a dividirem a força de trabalho em departamentos ou áreas.

Deve-se pensar também o grau de autonomia dado a cada colaborador. Isso vai proporcionar um ambiente adequado, o qual permite que todos tomem decisões corretas, quando tiverem a necessidade de decidir.

2- Integrar colaboradores recém-contratados

Nada pior para qualquer pessoa do que não se sentir parte da equipe ou deslocado nas primeiras semanas. Isso pode afetar até mesmo o rendimento do profissional. Com isso, chegamos à segunda dica: realize programas de integração de recém-contratados.

A Unimed Missões, por exemplo, tem o programa Boas Vindas. Durante 16 horas de evento, os novos colaboradores discutem conteúdos relativos à gestão da cooperativa, cujos facilitadores são os gerentes gerais e o administrador hospitalar.

Também ocorre uma visita em todos os setores, com o objetivo de conhecer a estrutura da cooperativa. Há ainda a preparação para a função do novo funcionário.

O processo é geralmente feito com treinamentos introdutórios, treinamentos on the job supervisionados, acompanhamentos em períodos de experiência, treinamentos formais nos sistemas de informação, entre outras práticas.

3- Reconhecer e incentivar

Aquele famoso feedback é essencial para que o colaborador saiba exatamente o caminho que deve seguir na empresa.

Essa troca de informação com os dirigentes é uma forma de incentivar, corrigir e até mesmo reconhecer o trabalho do próximo.

Na Viacredi, por exemplo, a avaliação de competências é realizada, anualmente, de forma online. Ela é solicitada pelo líder de acordo com cada ano de cooperativa do colaborador, e liberada pela área de Gestão de Pessoas, com 60 dias para conclusão.

Todas as avaliações ficam disponíveis para consulta no sistema. Segundo o Sescoop, o consenso e o plano de desenvolvimento assinado na Viacredi devem ser registrados no passaporte profissional do colaborador.

O objetivo é acompanhar a carreira dos colaboradores, servindo também de apoio ao gestor na avaliação de suas atividades e na percepção de suas potencialidades.

4- Educação: ensinar é preciso

Segundo o PDGC, a cooperativa deve planejar diversas ações e programas para aprofundar e consolidar a identidade cooperativa em seus colaboradores.

Quanto mais os funcionários estiverem informados sobre o setor, mais dentro do processo ele se sentirá. E, consequentemente, haverá uma melhora no relacionamento com os colaboradores.

Muitas cooperativas já têm suas próprias universidades, como a Escoop que nasceu com o objetivo de melhorar o cooperativismo no Rio Grande do Sul. A Faculdade é credenciada pelo Ministério da Educação desde julho de 2011.

Universidade é só um exemplo. O PDGC destaca outras formas de educar, como cursos sobre cooperativismo, presenciais ou à distância, realizados com o apoio das entidades do Sistema OCB; gincanas e jogos para estimular o conhecimento sobre o cooperativismo; programas de estímulo à convivência entre colaboradores e cooperados; e apoio à formação técnica e acadêmica dos seus colaboradores.

A melhor cooperativa no ranking citado no início deste post é o Sicredi. Entre os seus diferenciais está justamente uma plataforma com acesso a treinamentos e cursos para os colaboradores. Muitas vezes, os próprios funcionários alimentam a plataforma com conteúdo.

5- Desenvolvimento comportamental e da cidadania

O comportamento dos colaboradores na sociedade deve ter atenção especial, pois é de extrema importância que todos consigam seguir a ideologia do cooperativismo no dia a dia.

O PDGC destaca as principais características dessa ideologia: democracia, igualdade, equidade, solidariedade, honestidade, transparência, responsabilidade social pessoal/mútua e altruísmo.

O desenvolvimento comportamental pode ser feito por meio de trabalhos em equipe, treinamentos comportamentais e assistência psicológica e social.

Já o desenvolvimento da cidadania vem por meio de orientação e assistência jurídica, educação sobre direitos do cidadão, funcionamento dos canais da administração pública, da justiça e ética, e estímulo ou apoio ao voluntariado.

A Unimed Circuito das Águas é um exemplo de projeto para desenvolver esse tópico. Em 2013, houve um investimento na capacitação em coaching da Gestora de Pessoas. Depois, disponibilizaram o método a todos os gestores e colaboradores. O objetivo: desenvolver habilidades de autoconhecimento, relações interpessoais e resolução de conflitos.

6- Saúde ocupacional e segurança

A preocupação pelo próximo é uma das principais características do cooperativismo. Os colaboradores já esperam que, ao fazer parte desse universo, terão saúde ocupacional, segurança e ergonomia.

É necessário que as entidades fiquem por dentro das normas de saúde e segurança do trabalho, previstas na legislação em vigor e em atos normativos expedidos pela autoridade competente.

Muitas situações de segurança, por exemplo, dependem do comportamento do colaborador, por isso, é necessário que o grupo informe os trabalhadores sobre os riscos e estabelecer ações preventivas.

Outra vez, a Unimed entra aqui como modelo. Dessa vez a Unimed Vitória, que conta com comissões e comitês para assegurar a redução e a eliminação de riscos, além de zelar pela integridade física do colaborador.

Esses grupos têm a participação de colaboradores de todos os níveis, desde operacional até a direção, representando, portanto, as diferentes categorias funcionais. Mensalmente a cooperativa realiza inspeções de segurança para avaliar e gerenciar os riscos.

7- Avaliação do bem-estar e satisfação

Estar por dentro do que acontece no ambiente das suas cooperativas é imprescindível aos dirigentes. Saber a opinião, ouvir os colaboradores e ter um diálogo entre todos os níveis são atitudes que colaboram para um bom ambiente de trabalho.

Um dos caminhos escolhidos pelas principais cooperativas do Brasil são as pesquisas de clima organizacional. Nelas os colaboradores são solicitados a emitir sua opinião a respeito dos fatores que afetam o seu bem-estar e a sua satisfação em relação à cooperativa.

Há outra alternativa como o programa Felicidade Interna do Cooperativismo (FIC), o qual foi criado pelos integrantes do Comitê Nacional de Promoção Social, composto por representantes das unidades estaduais do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop).

A ferramenta aborda nove dimensões: bem-estar psicológico, padrão de vida, educação, saúde, meio ambiente, cultura, governança, uso do tempo e vitalidade.

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